A Fonte da vida

VERSO PARA MEMORIZAR:
"Eu Sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai se não por Mim"(o 14:6).

Leituras da semana:
João 1:4; João 10:10; João 1:12, 13; João 6:61–68; Números 13:23–33; Mateus 4:1–4.
No Evangelho de João, quando questionado sobre quem era, Jesus muitas vezes respondia usando um termo que designa a Divindade: ‘’Eu Sou’’. Essa era uma referência inconfundível ao próprio Senhor, que apareceu a Moisés na sarça ardente, dizendo: ‘’Eu Sou o Que Sou’’ (Êxodos 3:14). E esse mesmo Deus, o “Eu Sou”, então , ‘’Se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a Sua glória, glória como do unigênito do Pai’’ (João 1:14).

O tema do “Eu Sou” permeia o Evangelho de João. O versículo para memorizar desta semana reflete tema: “Eu Sou” é o pão da vida, a luz do mundo, a porta das ovelhas, o bom Pastor, a ressurreição e a vida, e a videira verdadeira.

Nesta semana vamos continuar estudando a revelação de Deus conforme nos foi dada em João. Também vamos explorar de maneira mais detalhada o outro lado da realidade: apesar das poderosas evidências de que Jesus é o Messias, muitas pessoas O rejeitaram. Estudaremos essa questão por duas razões: para evitar o mesmo erro, mas também para descobrir como podemos alcançar aqueles que correm o mesmo risco.

* Estude a lição desta semana para se preparar para o Sábado, 30 de Novembro.

“Por favor, fique”

Por Andrew Mcchesney

Às 20h, um casal de idosos bateu na porta da casa paroquial ao lado da igreja Adventista do Sétimo Dia em Savoonga, Alasca. Não era tarde. O sol de verão brilhava intensamente no céu. Ele não se poria até as 2h30. O povo Yupik siberiano que vive na Ilha St. Lawrence, localizada a apenas 36 milhas a leste da Rússia, no Mar de Bering, não iria dormir por horas.

Eugene e Marie, que estavam na casa dos 80 anos, não esperaram que alguém abrisse a porta. Ninguém espera que a porta seja aberta na remota vila de 835 pessoas. Todos batem e entram. O casal queria falar com o visitante que estava hospedado na casa paroquial. Eu estava visitando a ilha para coletar histórias para a Missão Adventista.

Marie falou diretamente. “Você é pastor?”, ela me perguntou.

Seus olhos se encheram de emoção quando balancei a cabeça. “Por favor, fique”, ela disse, suavemente. “Precisamos de alguém para manter a igreja aberta e nos ensinar.”

A igreja fechou várias vezes desde que a casa paroquial foi construída em 1972. Pastores pregaram e viveram lá por um tempo, mas então a presença Adventista encolheu para pouco ou nada por duas décadas.

Em 2010, a igreja reabriu quando dois enfermeiros aposentados da Carolina do Norte, Bill e Elouise Hawkes, chegaram como obreiros bíblicos no programa de extensão Arctic Mission Adventure da Alaska Conference para nativos do Alasca. Bill morreu em 2016, e Elouise ficou. Mas pouco antes da minha visita, Elouise foi embora por motivos de saúde. Marie sentia muita falta de Elouise e descreveu como ela convidava os moradores para sua casa para refeições e preparava pacotes de comida.

“Precisamos dela”, ela disse. Nunca conheci Elouise. Ela era entusiasmada e prestativa enquanto trocávamos e-mails para minha viagem. Meu respeito cresceu quando ouvi sobre seu amor pelos moradores. Quando nossa conversa terminou, às 21h, Marie olhou para mim novamente. “Por favor,” ela disse. “Fique. Precisamos de alguém para nos ensinar sobre Deus.” Com seu olhar suplicante, eu captei um senso de compaixão que Jesus deve ter sentido durante Seu ministério terrestre.

“Mas quando Ele viu as multidões, Ele se compadeceu delas, porque estavam cansadas e dispersas, como ovelhas que não têm pastor” (Mateus 9:36). Eu não queria ir embora.

Meu coração doía pelas pessoas preciosas de Savoonga e das outras mais de 200 comunidades nativas no Alasca. Apenas 11 dessas comunidades têm presença Adventista. Quando o coração de Jesus doeu, “Ele disse aos seus discípulos: 'A colheita é realmente grande, mas os trabalhadores são poucos.

Portanto, rogai ao Senhor da colheita que envie trabalhadores para a sua colheita” (Mateus 9:37, 38).

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A vida estava Nele

Em João 1:1, o apóstolo afirma claramente que Jesus é Deus, o Filho divino. Consequentemente, em João 1:4, “Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens” a referência à vida aqui tem que ser a vida divina, auto-existência eterna não derivada. Porque Ele tem vida dentro de Si mesmo, Ele pode entregar Sua vida e tomá-la novamente (João 10:17). E, porque Ele tem vida dentro, Ele pode dar vida a quem Ele quiser (João 5:21; compare com João 14:19).

Este termo vida (zoê aparece 36 vezes no Evangelho de João, cerca de 25 por cento dos usos no Novo Testamento. Em João 1:4, 5, além de se referir à Fonte da vida em nosso planeta, a palavra também está ligada à salvação.

Ao longo do restante de João, esta ideia de vida (zoê) é mais frequentemente expressa como vida eterna, a promessa de salvação (ver João 3:15, 16, 36; João 4:14, 36; João 6:27, 40, 47, 54, 68; e João 10:27, 28). Assim, Aquele que deu a vida na Criação é o mesmo que traz salvação, vida eterna, a um mundo perdido.

Leia João 1:29; João 3:16; João 6:40; João 10:10; João 12:27. Por que Jesus veio a este mundo?

“'Assim como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna'” (João 3:14, 15).

Assim como a serpente de bronze tomou o lugar dos israelitas que foram mordidos por serpentes, Jesus tomou o nosso lugar, nós que fomos atingidos pelo pecado. Ele tomou a penalidade que era nossa para que pudéssemos ter a vida que era Dele.

Cristo também deseja que tenhamos vida e a tenhamos em abundância (João 10:10). Assim, para “todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus, aos que creem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus” (João 1:12, 13).

Cristo veio para revelar o Pai a nós. Pois, “ninguém jamais viu a Deus. O Filho unigênito, que está no seio do Pai, é quem o revelou” (João 1:18). Ao ver o caráter de Jesus, podemos ver o caráter do Pai.

O que aprendemos sobre o caráter do Pai com a vida de Jesus? Porque essa revelação é uma notícia tão boa?

As palavras da vida eterna

Leia João 6:61-68. Quando Jesus perguntou aos discípulos se O abandonariam, o que Pedro respondeu? O que essa resposta significa?

As palavras de Pedro sobre “vida eterna” tocam em um tema que percorre todo o Evangelho de João. Uma concentração de fraseologia sobre a vida eterna aparece em João 6, no contexto da alimentação dos 5.000 (João 6:27, 40, 47, 54, 68). Jesus diz que Ele é o Pão da Vida (João 6:35), significando que Sua vida, Sua morte e Sua ressurreição são a fonte da salvação eterna.

A frase vida eterna ou seu equivalente ocorre pelo menos 17 vezes no Evangelho de João. Este termo não se refere a uma existência espiritual, ou a se tornar parte de um ser eterno, ou a algum outro conceito etéreo. Em vez disso, ele se refere àquele poder vivificante que traz salvação e significado à nossa existência agora e à vida sem fim quando nosso Senhor retornar.

Assim como Jesus se tornou carne, a ressurreição da qual Jesus fala ocorre no tempo e no espaço e em um corpo físico. É uma ressurreição dos mortos, uma renovação da vida que uma vez tivemos no Éden.

Leia João 3:15, 16; João 5:24; João 6:40, 47; João 8:31; João 12:46; João 20:31. Como podemos receber a vida eterna?

Somente pela fé cremos que Jesus Cristo veio para viver e morrer em nosso favor. Essa fé vem a nós como um presente, mas devemos escolher conscientemente nos render a Jesus, nos arrepender e reivindicar Seu sangue para o perdão e a purificação do pecado.

Quando Jesus perguntou a Pedro se ele também iria embora, a resposta de Pedro, “Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras da vida eterna” (João 6:68), resume a essência da salvação e como a alcançamos. Não vem da filosofia, história ou ciência todas as disciplinas humanas. Vem de Jesus, que possuindo em Si a vida eterna oferece-o gratuitamente a todos os que, respondendo ao Espírito Santo, o aceitarem.

Como a promessa da vida eterna deve impactar nossa maneira dever nossa vida?

Crer e nascer de novo

Segundo João 1:12, 13, quais são os passos para se tornar Cristo?

João escreveu seu Evangelho para que acreditássemos em Jesus e que, crendo, pudéssemos ter vida eterna em Seu nome (João 20:31). Em João 1:12, 13, esse processo é descrito em duas etapas. Primeiro, nós O recebemos, isto é, cremos Nele. Segundo, Ele nos dá autoridade ou poder para nos tornarmos filhos de Deus, descritos no versículo 13 como sendo gerados por Deus.

Assim, há um aspecto humano e divino em se tornar um cristão. Devemos agir com fé, recebê-Lo e estar abertos à luz, mas Ele é quem regenera o coração.

Na verdade, a própria fé é um dom de Deus que vem ao ouvir Sua Palavra (Romanos. 10:17). “Para termos fé verdadeira e duradoura em Cristo, precisamos conhecê-Lo como Ele é representado na Palavra.” — Ellen G. White, Fundamentos da Educação Cristã, p. 433. “O Espírito operando na mente e iluminando-a, desperta a fé em Deus.” — Ellen G. White, Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, vol. 7, p. 1047.

Aqueles que creem ou aceitam o Filho como o Messias recebem a vida eterna. João também enfatiza aceitar ou crer na Palavra que Jesus falou (João 5:24, 38, 47). É o papel do Espírito Santo trazer convicção (João 16:7, 8; compare com Romanos 8:16).

Que princípio vemos em Romanos 8:16 sobre a salvação em Jesus?

A fé, a fé bíblica, baseada na obra do Espírito Santo em nossos corações, é o fundamento da nossa fé. “A fé é . . . a grande bênção— os olhos que veem, o ouvido que ouve.”—Ellen G. White, Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 6, p. 1194. A abordagem humanística da fé afirma que devemos encontrar um fundamento, os critérios para a fé, e então crer.

Em contraste, a abordagem bíblica afirma que a fé é o fundamento, um dom de Deus (Efésios 2:8, Coríntios. 1:17–24, 1 Coríntios. 2:1–6). Começamos com o fundamento da fé, e então a partir daí crescemos em entendimento e graça.

Se alguém lhe perguntasse em que se baseia a sua fé, como você responderia?

Rejeitando a Fonte da vida

Alguns dos relatos mais tristes de toda a Escritura ocorrem no Evangelho de João. “A luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam. . . . [A Luz] estava no mundo, e o mundo foi feito por meio dele, e o mundo não o conheceu. Ele veio para o que era seu, e os seus não o receberam” (João 1:5, 10, 11). O “EU SOU” foi rejeitado por muitos de Seu próprio povo. Não é de se admirar que Paulo mais tarde avise: “Não rejeitem a vossa confiança” (Hebreus 10:35). Como vimos repetidas vezes, Cristo foi rejeitado porque as pessoas não aceitaram Sua Palavra.

“O modo de pensar humanista contemporâneo começa com a dúvida. As pessoas questionam tudo para determinar o que é verdade. Aquilo que sobrevive ao fogo do interrogatório, elas aceitam como conhecimento sólido como uma rocha, algo em que se pode depositar a fé. Alguns aplicam o mesmo método à Bíblia, questionando tudo de uma perspectiva científica, histórica, psicológica, filosófica, arqueológica ou geológica para determinar o que é verdade na Bíblia.

O próprio método em si começa com e se baseia na dúvida sobre a veracidade das Escrituras. Cristo perguntou: 'Quando o Filho do Homem vier, encontrará realmente fé na terra?' (Lucas 18:8).”—E. Edward Zinke e Roland Hegstad, The Certainty of the Second Coming [Hagerstown: Review and Herald, 2000], p. 96.

Leia Números 13:23-33. O que fez a diferença entre os dois relatórios que os espias trouxeram sobre Canaã?

Os pecados dos hebreus quando estavam em Cades-Barneia foi duvidar da Palavra de Deus. Deus havia pedido que eles subissem e tomassem a terra. Doze espiões foram enviados a Canaã para espionar a terra. Eles voltaram com dois relatórios. A maioria deu um relatório negativo. Há gigantes na terra, cidades muradas, armas que nunca vimos antes e exércitos bem treinados.

Em contraste, fomos escravos na terra do Egito com pouca experiência militar. Dez espiões votaram não, com base na evidência esmagadora do ponto de vista humano. Dois espiões votaram sim com base em sua fé no poder esmagador da Palavra de Deus.

Como evitar o erro dos israelitas? Ao mesmo tempo, como evitar a presunção, isto é, fazer tolices achando que estamos fazendo a Vontade de Deus, e que, assim, não falharemos?

Condenação

“Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está condenado, por não crer no nome do Filho unigênito de Deus. . . . Todo aquele que pratica o mal odeia a luz e não se aproxima da luz, com medo de que suas obras sejam expostas. Mas quem pratica a verdade vem para a luz” (João 3:18–21; compare com João 1:10).

Leia João 3:18, 36; João 5:24, 38; João 8:24; João 12:47. Porque as pessoas entram em juízo?

A rejeição de Jesus Cristo, a Luz do mundo, nos deixa abertos à dúvida e às tentações do diabo. É passar da luz para a escuridão.

Eva recebeu luz sobre como se relacionar com a árvore no centro do jardim. Satanás a tentou a questionar a luz. Ela testou a palavra de Deus raciocinando que um Deus de amor não destruiria as criaturas que Ele criou.

Ela também confiou nos dados de seus sentidos. A serpente comeu do fruto e agora tem o poder de falar. Talvez a serpente esteja certa. Se eu comer do fruto, posso me tornar como Deus! Enganada, ela se afastou da luz. E seu marido escolheu o mesmo caminho.

Leia Mateus 4:1-4. Que princípios Cristo usou no deserto da tentação para combater os enganos de Satanás?

Cristo tinha à Sua disposição a mesma ferramenta humanística de pensamento usada por Adão e Eva, os antediluvianos e Israel em Cades-Barneia. Ele poderia ter perguntado por que um Deus de amor deixaria Seu Filho no deserto por 40 dias e noites sem comida e proteção.

Ele também poderia ter determinado provar Sua Filiação transformando pedras em pão! Em vez disso. Ele respondeu com a Palavra de Deus.

Estudo Adicional:

Leia Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 9-15 (Deus Connosco), p. 479-486 (‘’Fogo Cruzado’’).

“Ao se rebaixar para tomar sobre Si a humanidade, Cristo revelou um caráter oposto ao caráter de Satanás. Mas Ele pisou ainda mais baixo no caminho da humilhação. 'Sendo achado na forma de homem, Ele se humilhou, sendo obediente até a morte, e morte de cruz’’ Filipenses 2:8.

Assim como o sumo sacerdote deixava de lado suas suntuosas vestes pontifícias, e oficiava no vestido de linho branco do sacerdote comum, assim Cristo tomou a forma de um servo, e ofereceu sacrifício, Ele mesmo o sacerdote, Ele mesmo a vítima. 'Ele foi ferido pelas nossas transgressões, Ele foi moído pelas nossas iniquidades: o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele.' Isaías 53:5.

“Cristo foi tratado como nós merecemos, para que pudéssemos ser tratados como Ele merece. Ele foi condenado por nossos pecados, nos quais Ele não teve participação, para que pudéssemos ser justificados por Sua justiça, na qual não tivemos participação. Ele sofreu a morte que era nossa, para que pudéssemos receber a vida que era Sua. 'Por suas pisaduras fomos sarados.' ”—Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 13, 14.

Questões para discussão:

 Jesus deu tudo para salvar o mundo. Quais são as melhores maneiras de ajudar as pessoas a ver essa verdade surpreendente se aproximarem de Cristo Com fé?

 Quais são as principais diferenças entre tomar decisões seguindo padrões humanos e mundanos e, por outro lado, tomar decisões com base na revelação divina?

 Elementos como a lógica e a razão estão em harmonia com a compreensão da Palavra de Deus? Temos razões lógicas e racionais para crer? Fatores como o cumprimento das profecias e a beleza e complexidade do mundo criado nos apontam para a existência de Deus e para a verdade do plano da salvação?

 Por que você crê em Jesus e no evangelho? Quais são seus argumentos em defesa da verdade bíblica?