Mais Testemunhos Sobre Jesus

VERSO PARA MEMORIZAR:
“E Eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a Mim” (João 12:32).

Leituras da semana:
João 3:25–36, João 1:32-36, Daniel. 7:18, João 6:51–71, João 5:36–38, João 7:37–53.
Jesus não diz apenas coisas surpreendentes sobre Si mesmo ou sobre quem Ele é ou sobre quem O enviou ou sobre de onde Ele veio.

Ele também mostrou quem Ele é pelos milagres e sinais que Ele realizou. Como alguns testificam abertamente de Jesus: “ ‘Quando o Cristo vier, fará mais sinais do que estes que este homem fez?’ ” (João 7:31).

Ele apoiou Suas palavras com ações que provaram a verdade de Suas palavras.

Mas conforme o drama continua, uma divisão começa entre o povo. A cura do homem na piscina de Betesda atrai a ira de alguns líderes. A discussão em Cafarnaum após a alimentação dos 5.000 resulta na rejeição de Jesus pelas multidões. A ressurreição de Lázaro cria fé em alguns, mas desencadeia em outros uma hostilidade que levará ao julgamento e execução de Jesus.

A lição desta semana analisa alguns daqueles que testemunharam e testificaram sobre Jesus. Em cada um desses incidentes, alguns aspectos de quem Jesus realmente é são revelados e, juntos, eles criam uma visão mais profunda de Jesus, o Messias.

* Estude a lição desta semana para se preparar para o Sábado, 09 de Novembro.

“Não enviamos ninguém”

Por Andrew Mcchesney

Por quatro anos, Donaldo Velasquez visitou uma prisão colombiana toda sexta-feira para pregar sobre Jesus. Mas uma sexta-feira, ele não pôde ir. Ele trabalhava como carpinteiro, e um cliente precisava urgentemente de sua ajuda. Além disso, Donaldo precisava do dinheiro.

Apenas quatro Adventistas do Sétimo Dia — Donaldo, dois outros membros da igreja e seu pastor — tinham permissão para visitar a prisão em Acacias, e Donaldo os chamou para ajudar. “Não, estou muito ocupado”, disse Ranses. Pedro também disse que não poderia ir. O pastor se desculpou, dizendo que estava fora da cidade.

Donaldo chorou e rezou. Quando sua esposa, Jesusita, perguntou o que estava errado, ele explicou que não queria faltar à reunião com os internos, mas precisava trabalhar. “Vá, faça seu trabalho”, disse Jesusita. “Deus proverá.”

Na próxima vez que Donaldo visitou a prisão, 38 presos vieram ouvi-lo pregar. Ele estava acompanhado de outro membro da igreja, Pedro. “Onde está o homem que veio da última vez?” perguntou um preso. “Não enviamos ninguém”, respondeu Donaldo. “Sim, você fez”, disse outro detento. “Um homem pregou para nós.” “Não, não enviamos ninguém”, disse Donaldo, e sugeriu que talvez o pregador pertencesse a outra denominação. “Não, não”, disseram os internos.

“Conhecemos todos que têm permissão para visitar. Este homem nunca tinha visitado a igreja antes e não era de outra igreja.” Donaldo perguntou sobre o sermão do homem, esperando uma pista sobre sua identidade.

Os presos disseram que ele havia falado sobre o Sábado do Sétimo Dia. Espantado, Donaldo perguntou: “Como ele era?” Os presos o descreveram como um homem alto, bem vestido, vestindo uma camisa branca.

Disseram que ele conhecia a Bíblia tão bem que provavelmente era professor. Pedro tocou o braço de Donaldo. “Um anjo deve ter vindo e pregado para eles”, disse ele. “Essa é a única explicação.” Donaldo, no entanto, não estava convencido. Ele foi até o guarda da prisão que registrava os visitantes.

O guarda, um amigo de Donaldo, olhou o registro do computador e balançou a cabeça. “Ninguém veio naquele dia”, ele disse. Espantado, Donaldo exclamou: “Agora não tenho dúvidas de que o anjo do Senhor veio ensinar a Bíblia em meu lugar!” Voltando aos presos, ele os informou que eles deviam ter visto um anjo.

Seis anos se passaram, e quase todos os 38 presos entregaram seus corações a Jesus no batismo. Donaldo disse que nunca vai esquecer aquele dia.

“Embora seja uma história incrível, acredito que Deus enviou Seu mensageiro celestial”, disse ele.

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Humildade: João Batista testemunha novamente

A lição 2 descreveu como o testemunho de João Batista trouxe os primeiros discípulos André e João, Pedro, Filipe e Natanael a Jesus. Seria de se esperar que o Batista, tendo dado seu testemunho, saísse de cena. Mas ele reaparece várias vezes no Evangelho de João.

Leia João 3:25–36. Como João Batista se compara com Jesus?

Surgiu uma disputa entre os discípulos de João Batista e um judeu não identificado sobre purificação, provavelmente uma questão sobre a eficácia do batismo (compare com Marcos 1:4, 5). Curiosamente, quando seus discípulos vão até João, sem dúvida para resolver a questão, eles trazem Jesus à tona, dizendo: “Ele está batizando, e todos vão ter com ele” (João 3:26). Não é difícil ler nas entrelinhas: eles têm ciúmes de Jesus — ciúmes de seu mestre e ciúmes de si mesmos também.

Seria muito fácil para João se entregar ao ciúme, mas ele não o faz porque sabe qual é sua missão. Em vez disso, ele lembra seus discípulos de que ele nunca afirmou ser o Cristo. Pelo contrário: ele veio para apontar para Ele, para preparar o caminho para Ele, para ser uma testemunha sobre Ele (João 1:6–8).

Usando a ilustração de um casamento, ele se autodenomina o amigo do noivo, com Jesus como o noivo. A noiva seria o povo de Deus (compare com Oseias 2:16 23 e Isaías 62:1–5). Então, em palavras que mostram a verdadeira grandeza de João, ele diz: “É necessário que ele cresça, e que eu diminua” (João 3:30).

João 3:31–36 continua a comparação entre Jesus e João, mostrando a superioridade do Messias sobre Seu precursor. Com o testemunho de João apontando para Jesus, a ideia de testemunho é novamente enfatizada. Aqueles que recebem esse testemunho e creem em Jesus têm a vida eterna.

Aqueles que não O recebem permanecem sob a ira de Deus. É o que o texto diz. Deus ama o mundo e enviou Seu Filho para redimir o mundo (João 3:16, 17). Mas aqueles que recusam o presente oferecido a eles terão que pagar a penalidade por seus próprios pecados a morte eterna.

Como podemos aprender a lição de humildade diante de Deus e das pessoas? O que podemos aprender com o exemplo de João sobre humildade?

Nova compreensão do Messias

Leia João 1:32–36. O que João Batista disse sobre Jesus que o povo não esperava do tão aguardado Messias?

Os judeus esperavam por um Messias que viesse e os libertasse do governo de Roma. Por muito tempo sob opressão, os judeus acreditavam que o Messias não apenas derrubaria Roma, mas os estabeleceria como uma grande e poderosa nação. As palavras de João, no entanto, chamando Jesus de “o Cordeiro de Deus” (João 1:29), embora apontando diretamente para Seu sacrifício expiatório, foram provavelmente mal compreendidas pela maioria das pessoas. Eles talvez nem soubessem do que ele estava falando.

Assim, João com seu Evangelho queria mudar a compreensão deles sobre o Messias para que pudessem reconhecer em Jesus o cumprimento das profecias a respeito do Rei vindouro e o que Ele faria. Ele não estava vindo como um líder político e militar, mas para se oferecer como um sacrifício pelos pecados do mundo. Esse era o Seu propósito. Somente depois disso, quando tudo estiver terminado, o reino final virá (veja Daniel 7:18).

“Quando, no batismo de Jesus, João apontou para Ele como o Cordeiro de Deus, uma nova luz foi lançada sobre a obra do Messias. A mente do profeta foi direcionada para as palavras de Isaías: 'Ele é levado como um cordeiro ao matadouro.' Isaías 53:7.” Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 99.

Em João 1:31, João diz: “Eu não o conhecia. Então, como João veio a conhecer Jesus como o Messias? A resposta é que o Senhor que enviou João havia dito a ele anteriormente: “Aquele sobre quem você vir o Espírito descendo e permanecendo sobre ele, este é o que batiza com o Espírito Santo.” E eu vi e testifiquei que este é o Filho de Deus” (João 1:33, 34). Em outras palavras, Deus revelou a João que Jesus era o Messias.

“Cristo [é] o poder de Deus e a sabedoria de Deus” (1Coríntios 1:24). O conhecimento de que Jesus é o Cristo vem do próprio Deus por meio do poder convincente de Seu Espírito. Este tema aparece frequentemente em João. A salvação não vem da filosofia mundana, da ciência ou do ensino superior. Ela vem somente de Deus para um coração rendido em fé e obediência a Jesus.

Como descobriríamos a verdade sobre Jesus como sacrifício expiatório, a menos que ela nos fosse revelada? É importante conhecer a Bíblia e o que ela ensina sobre Jesus?

Aceitação e Rejeição

A lição 2 descreveu a alimentação dos 5.000 em João 6, mas não cobrir a seção final dessa história, que é estudada aqui.

Leia João 6:51–71. O que Jesus disse que as pessoas não aceitaram?

Tendo acabado de ser alimentado, milagrosamente, por Jesus, o povo estava pronto para coroá-lo rei (João 6:1–15). Mas, ao falar com eles mais tarde na sinagoga de Cafarnaum, Ele explica o significado espiritual do milagre, dizendo: “Eu sou o pão da vida” (João 6:35). Ele expõe em mais detalhes que esse pão é Sua carne, que Ele dá pela vida do mundo (João 6:51).

Este ditado abriu os olhos da multidão para o fato de que Jesus não seria seu rei terreno. Ele não se encaixava no molde produzido pelo pensamento terreno. Eles recusaram a conversão, o que transformaria a maneira como pensavam para que pudessem reconhecer e aceitar Jesus como o Messias. Muitos de Seus discípulos O deixaram neste ponto (João 6:66).

Do ponto de vista humano, isso deve ter sido difícil para Jesus. A aprovação da multidão é agradável. Quem não quer ser amado? Mas ver muitas pessoas recuarem e questionarem os princípios de alguém é naturalmente desanimador também. Ao ver a multidão partir, Jesus pergunta ao seu círculo íntimo, os Doze, se eles também querem partir.

É quando Pedro faz sua confissão incrível, outra testemunha tanto do que Jesus tem quanto de quem Ele é. “Tu tens as palavras da vida eterna, e nós cremos e conhecemos que tu és o Santo de Deus” (João 6:68, 69).

Os discípulos estavam com Jesus há alguns anos, viajando com Ele, vendo Seus milagres, ouvindo Seus sermões. Eles sabiam por experiência que não havia ninguém comparável a Ele.

A convicção se estabeleceu sobre eles de que, por mais incomuns que algumas situações pudessem ser, este homem era o Messias independentemente do quanto eles ainda não entendiam sobre Seu propósito de vir. Somente após Sua morte e ressurreição eles começaram a entender por que Jesus veio.

Essa história reafirma o fato de que a maioria geralmente está errada? Por que devemos nos lembrar disso, especialmente acerca dos aspectos impopulares da nossa fé?

O Testemunho do Pai

O Evangelho de João começa falando sobre o Verbo (logos) como estando com Deus; isto é, estando com Deus Pai (João 1:1). Quando o Verbo se fez carne, o Espírito testificou sobre Jesus ao repousar sobre Ele em Seu batismo (João 1:32-34). Mas o Pai também testifica sobre Jesus durante Seu ministério terreno.

Leia João 5:36–38. O que Jesus disse sobre o Pai?

Jesus liga o Pai às obras e milagres que Ele havia realizado. Ele é muito claro que o Pai O havia enviado e também havia testemunhado sobre Ele.

Leia Mateus 3:17, Mateus 17:5, Marcos 1:11 e Lucas 3:22 (veja também 2 Pedro 1:17, 18). O que o Pai disse sobre Jesus?

No batismo de Jesus, o Pai e o Espírito se juntaram ao Filho para marcar esta importante ocasião: o início do ministério de Jesus. O Pai declara que Jesus é Seu Filho amado em quem Ele se compraz. Mas, em um momento crucial no ministério de Cristo, o Pai fala mais uma vez, desta vez como registrado no Evangelho de João.

As coisas estavam chegando ao clímax nos últimos dias daquele ministério. Os líderes religiosos, incapazes de detê-Lo (veja João 12:19), queriam vê-Lo morto, agora mais do que nunca. As multidões estavam exuberantes sobre Ele, especialmente à medida que mais e mais pessoas, ouvindo o testemunho daqueles que O viram ressuscitar Lázaro dos mortos (João 12:17, 18), estavam começando a seguir Jesus. Até mesmo os gregos, que estavam lá para o festival, queriam ver Jesus.

Neste ponto, em resposta às palavras de Jesus em João 12:28, “Pai, glorifica o teu nome”, o Pai fala novamente do céu: “Eu o glorifiquei e o glorificarei outra vez” (João 12:28).

Como já vimos, a hora de glória de Jesus é a cruz. Assim, o testemunho do Pai sobre Jesus aponta para o grande sacrifício do Cordeiro de Deus pelos pecados do mundo. É o ápice de Seu ministério terreno. Sua morte em nosso favor pagou a penalidade total por todos os nossos pecados, e Nele, pela fé, nunca temos que enfrentar essa penalidade nós mesmos.

A Testemunha da Multidão

“No último dia, o grande dia da festa, Jesus se levantou e clamou, dizendo: 'Se alguém tem sede, venha a mim e beba. Aquele que crê em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva'” (João 7:37, 38).

João registrou inúmeras vezes Jesus fazendo declarações ousadas sobre Si mesmo, sobre quem Ele era e o que Ele veio fazer.

As linhas citadas acima de João 7:37, 38 são outro exemplo do que Jesus afirmou sobre Si mesmo e sobre o que Ele faria a todos que viessem a Ele. Essas também eram afirmações surpreendentes.

Quando Jesus falou aos judeus que participavam da Festa dos Tabernáculos, qual foi a resposta de muitos na multidão? (João 7:37–53).

Alguns disseram que Ele era o Profeta como Moisés previu há muito tempo (veja Deuteronômio 18:15–19). Outros achavam que Jesus era o Cristo. Mas isso trouxe o argumento de que o Messias não viria da Galileia, que Ele tinha que ser da linhagem davídica e que Ele tinha que nascer em Belém tudo isso era verdade sobre Jesus (compare com Mateus 1–2), embora muitos parecessem não saber disso!

Até mesmo os oficiais que o prenderam ficaram perplexos com Ele e a eloquência de Suas palavras. Os fariseus responderam aos oficiais com outra pergunta. “'Algum dos governantes ou dos fariseus creu nele?'” (João 7:48). Esta pergunta dos fariseus deu a João a oportunidade novamente de trazer Nicodemos, que, depois de ter tido seu encontro com Jesus, estava buscando proteger Jesus de suas maquinações. “'A nossa lei julga um homem antes de ouvi-lo e saber o que ele está fazendo?'” (João 7:51).

Nicodemos alguma vez aceitou Jesus como o Messias? Embora esta cena não prove que ele o fez, entre este ato e o que ele fez depois que Jesus morreu (veja João 19:39, 40), a Bíblia nos dá evidências sólidas de que Nicodemos de fato veio a crer Nele.

E então, a resposta à pergunta deles foi: sim, de fato, um dos fariseus acreditava nele, afinal.

Leia João 7:49. O que os líderes diziam que mostrava o desprezo deles pelas multidões que seguiam Jesus? Que lição podemos tirar desse fato?

Estudo Adicional:

Leia Ellen G. White, “Crise na Galileia”, pp. 300–310; “Queremos ver Jesus”, pp. 497–502, em O Desejado de Todas as Nações.

“'Para quem iremos?' Os mestres de Israel eram escravos do formalismo. Os fariseus e saduceus estavam em constante contenda. Deixar Jesus era cair entre os defensores de ritos e cerimônias, e homens ambiciosos que buscavam sua própria glória.

Os discípulos encontraram mais paz e alegria desde que aceitaram Cristo do que em todas as suas vidas anteriores. Como poderiam voltar para aqueles que haviam desprezado e perseguido o Amigo dos pecadores? Eles há muito tempo procuravam o Messias; agora Ele havia chegado, e eles não podiam se afastar de Sua presença para aqueles que estavam caçando Sua vida, e os perseguiram por se tornarem Seus seguidores.

“'Para quem iremos?' Não do ensino de Cristo, Suas lições de amor e misericórdia, para a escuridão da incredulidade, a maldade do mundo. Enquanto o Salvador foi abandonado por muitos que testemunharam Suas obras maravilhosas, Pedro expressou a fé dos discípulos: 'Tu és esse Cristo' (Mateus 16:16). O próprio pensamento de perder essa âncora de suas almas os enchia de medo e dor. Estar destituído de um Salvador era estar à deriva em um mar escuro e tempestuoso.” Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 309, 310.

Questões para discussão:

 Diante das evidências de Jesus como o Messias e da verdade do cristianismo, por que alguns aceitam e outras as rejeitam?

 Jesus morreu pelos nossos pecados. Existe uma verdade mais importante do que essa verdade? A ciência, a lei natural, a teologia natural, a lógica e a razão podem até nos levar a crer no Criador, na Causa Primeira ou no Motor Imóvel, mas essas disciplinas não podem ensinar a verdade mais importante que precisamos: que Cristo morreu pelos nossos pecados. O que esse isso nos ensina sobre quão crucial é fazer da Bíblia a autoridade final em questões de fé?

 Por que é importante para nossa fé contar aos outros o que Deus fez em nossa vida?