Livro não solicitado pelo correio

Por Andrew Mcchesney

Durante a maior parte de sua vida, Rob Schetky, um oficial aposentado da Marinha dos EUA, lutou familiarizado com a Bíblia e seu significado.

Antes agnóstico, Rob buscava a vontade de Deus, mas o Sábado representava um problema. Ele ficava furioso quando as pessoas faltavam à igreja e se envolviam em atividades cotidianas no domingo. Ele perguntou: "Por que você está jogando golfe no domingo?" Mas por dentro ele se perguntava: Onde na Bíblia Deus mudou o Sábado?

Rob parou de ir à igreja. Ele estava procurando uma nova igreja em Fairbanks, no estado americano do Alasca, quando um livro não solicitado chegou em sua caixa de correio. “Esse é um nome interessante”, ele pensou, examinando o livro. “Eu me pergunto o que é O Grande Conflito.” Ao sair do correio, ele passou por uma pilha de livros sobre o Grande Conflito que outras pessoas tinham descartado em um balcão. Foi um envio em massa.

Em casa, Rob ficou absorto no livro. Ele ficou animado ao ler como os humanos, não Deus, mudaram o dia de adoração do Sábado. Uau!, pensou. Alguém está contando a história da igreja de uma forma muito lógica. Entrando em contato com um amigo, ele disse: “Encontrei uma ótima história do cristianismo. Chama-se O Grande Conflito.”

Mais tarde, o amigo ligou de volta. “Você tem que ir embora”, ele disse. “Essa é a Igreja Adventista do Sétimo Dia. Eles são uma seita!” Rob ficou surpreso. Ele não tinha notado o nome da autora do livro, Ellen White, e não sabia que ela tinha sido cofundadora da Igreja Adventista. “Não, eles não são uma seita”, ele disse.

“Eles apenas acreditam na Palavra de Deus.” Após a conversa, Rob se perguntou se os Adventistas adoravam em Fairbanks. Procurando online, ele encontrou uma igreja localizada a apenas 10 minutos de carro. No Sábado, ele pegou sua Bíblia e The Great Controversy e foi à igreja. Ele estava lendo o livro há menos de um mês.

A primeira pessoa a cumprimentá-lo na igreja foi uma professora da Escola Sabatina, Helen. Ela expressou surpresa quando soube que ele tinha vindo por causa do Grande Conflito. “Você simplesmente destruiu minhas reclamações”, ela disse.

Ela estava preocupada que o tamanho pequeno do texto do livro tornasse impossível a leitura.

No entanto, Rob já tinha lido três quartos do livro e ele tinha ido à igreja para aprender mais.

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Oposições Crescente

Os capítulos 5 a 12 do Evangelho de João nos apresentam uma nova fase do ministério de Jesus. Embora Ele já tivesse tido alguns encontros com os líderes religiosos (João 2:13–25), eles começaram a se tornar mais frequentes. Jesus começou a realizar sinais e a se envolver em conversas de forma mais direta. O motivo pelo qual Ele veio à Terra para revelar o Pai (João 1:18) se tornou mais evidente. Alguns reagiram negativamente a essa revelação (João 1:9–12), e essas pessoas eventualmente decidiram crucificá-Lo (João 18:31, 32).

A lição desta semana foca na variedade de milagres que Jesus realizou nos capítulos 5 e 6 de João. Jesus curou um homem, alimentou uma multidão, acalmou uma tempestade e andou sobre a água. Vamos descobrir como o ato de cura de Jesus no capítulo 5, que chamou atenção para Suas habilidades, provocou uma reação inesperada das multidões. Após o milagre, João registrou um longo discurso que revela as implicações teológicas de tal ato.

O capítulo 6 segue um padrão semelhante. Os versículos 1 a 21 registram dois atos milagrosos, e o restante do capítulo é composto por outro diálogo e um discurso sobre quem Jesus realmente é. João usou esse padrão para destacar os conceitos de revelação e conflito. As narrativas anteriores de João estavam mais focadas em contatos e conversas individuais, mas aqui o cenário ficou maior. Quanto mais Jesus revelava o Pai plenamente, mais forte se tornava a oposição. Quando somos confrontados com um novo entendimento de Deus, qual é a nossa reação?

Esta seção começa com o relato de Jesus curando um paralítico. Depois do fato, descobrimos que esse milagre aconteceu no Sábado (5:9). Embora os Evangelhos Sinópticos descrevam várias curas no Sábado (por exemplo, Mateus 12:9–14; Marcos 3:1–6; Lucas 14:1–6), o relato de João tem diferenças significativas. Por exemplo, não descobrimos imediatamente que isso aconteceu no Sábado.

Junto ao Tanque

Depois de visitar a Galileia, Jesus voltou para a cidade capital de Jerusalém (João 5:1). Quando Ele chegou, foi à piscina de Betesda, onde muitas pessoas doentes se aglomeravam, esperando que a água se movesse. As pessoas acreditavam que um anjo agitava a água de forma sobrenatural, e o primeiro a entrar na piscina seria milagrosamente curado. Imagine por um momento a cena, com multidões de pessoas sofrendo e esperando a cura. E então Jesus chega.

Jesus conhecia a situação de cada pessoa e foi atraído por um caso de extremo sofrimento: um homem que havia sido assolado por uma doença durante trinta e oito anos. Esse homem ansiava ser curado, mas não tinha um amigo para ajudá-lo a chegar à piscina a tempo.

Ao se aproximar dele, Jesus fez uma pergunta e depois deu uma ordem. Apesar da incapacidade do homem, ele acreditou na palavra de Jesus, foi curado e seguiu Suas instruções. Essa cura desafia nossas ideias sobre pré-requisitos para a cura. Jesus não fez perguntas sobre a fé ou merecimento do homem; Ele o curou unicamente por compaixão.

Como mencionado anteriormente, descobrimos que esse milagre ocorreu no Sábado depois que ele foi realizado. Embora o foco inicial da narrativa fosse o interesse de Jesus pelo homem, logo mudou. Carregar seu tapete pela cidade chamou a atenção das pessoas, pois a tradição judaica nunca permitia que alguém carregasse qualquer carga no Sábado.

Ignorando a cura que acabara de ocorrer, os líderes religiosos se fixaram no suposto desrespeito de Jesus pelas tradições do Sábado. Eles enfatizavam a transgressão, enquanto Jesus destacava a cura. A animosidade deles aumentou até decidirem matar Jesus com base nas acusações de que Ele desrespeitava o Sábado e cometia blasfêmia (João 5:18; 10:33; 19:7).

Jesus respondeu a eles com uma defesa sistemática de Seu ministério, mostrando como tudo o que Ele faz depende de Seu relacionamento íntimo com o Pai. Jesus assumiu a responsabilidade por duas atividades que pertencem à autoridade de Deus: dar vida e exercer julgamento.

Somente Deus pode dar vida (1 Sam. 2:6; 2 Reis 5:7; Ezequiel. 37:3–12), e somente Deus é o juiz de toda a Terra (Gênesis. 18:25; Salmos. 82:8; 96:13). O poder de Jesus de dar vida foi mostrado na cura imediata do homem paralisado por trinta e oito anos, e Sua autoridade divina foi revelada quando Ele Se fez juiz da condição espiritual deles (João 5:37–47).

Conflito na Galileia

Logo depois de Jesus voltar à Galileia, um novo conflito surgiu. Ele havia começado a curar os doentes de forma mais pública, e as multidões que o seguiam se multiplicaram (João 6:2). A Páscoa se aproximava, o que conecta os temas do capítulo 6. A localização no deserto e a provisão milagrosa de comida ecoam a Páscoa original no Êxodo. Jesus estava iniciando um novo êxodo, oferecendo libertação e liberdade por meio de Sua abundante graça.

Quando a multidão ficou com fome, Jesus fez a Filipe a mesma pergunta que os israelitas fizeram no deserto: "Onde conseguiremos comida para todos?" (João 6:5–7; Números 11:13). Jesus já tinha um plano. Assim como o maná que sustentou o antigo acampamento de Israel, Jesus milagrosamente providenciou uma abundância de comida para mais de cinco mil pessoas (João 6:8–14).

Ao verem esse sinal espetacular, as pessoas declararam que Jesus era “o Profeta” prometido por Moisés (João 6:14; Deuteronômio. 18:15). A multidão ambiciosa se preparou para fazê-Lo rei à força (João 6:14, 15). A literatura judaica antiga frequentemente descrevia Moisés como profeta e rei.

As pessoas viam Jesus como um novo Moisés, mas infelizmente, a multidão não compreendeu o tipo de reino que Jesus veio estabelecer. Ao tentarem forçar Jesus a ser o tipo de rei que eles queriam, perderam o reino que Ele oferecia. Para escapar de seus planos ambiciosos e egoístas, Jesus se retirou sozinho para as montanhas e desceu de volta ao lago durante a noite.

A descrição de João sobre Jesus andando sobre a água naquela noite dá continuidade à história e introduz a próxima cena. Ao verem Jesus no meio da escuridão, os discípulos ficaram apavorados (João 6:19). Ele os tranquilizou com palavras que podem ser traduzidas como “EU SOU”, outra maneira de se apresentar como o mesmo Deus que falou a Moisés na sarça ardente (Êxodo. 3). A alimentação milagrosa da multidão no deserto, a inesperada travessia do mar e a referência ao nome divino são todas reminiscentes do êxodo de Israel do Egito.

Ao chegarem a Cafarnaum na manhã seguinte, as pessoas mais uma vez procuraram por Jesus (João 6:24). Ele conhecia suas verdadeiras motivações e desejava levá-las à fé. As pessoas exigiram um sinal, citando Êxodo 16:15 como justificativa. Jesus primeiro esclareceu que não foi Moisés quem providenciou o maná no deserto, mas Seu Pai quem deu o pão do céu. Ele então declarou ser o pão da vida.

Os judeus comumente entendiam a metáfora do maná como uma referência à leitura da Torá e ao retorno do maná quando o Messias viesse, mas eles não aceitaram a afirmação de Jesus de ser o pão do céu.

Momento de Reflexão

► Já que a cura em João 5 não era urgente (v. 6), por que você acha que Jesus curou no Sábado em vez de esperar um dia?

►Pense nas emoções do homem doente ao ver outros entrando na água. Como você descreveria seus sentimentos? Como você pode se relacionar com ele?

►Por que Jesus não ficou em silêncio diante das acusações de Seus detratores em João 5? Por que você acha que Ele se defendeu tão vigorosa e sistematicamente?

►Quando você é interrompido no meio de uma experiência agradável, como você reage? Como isso se compara a como Jesus respondeu à pressão da multidão? (João 6:5.)

►Quais características admiráveis você vê em André ao longo do Evangelho de João? (Por exemplo, João 1:40, 41; 6:8, 9; 12:20–23.)

►Por que você acha que a multidão exigiu outro sinal depois de ser alimentada milagrosamente? (João 6:11, 12, 30, 31.)

►Como você explicaria o significado da declaração de Jesus de que Ele dá Sua carne pela vida do mundo? (João 6:51)

►Tanto a mulher samaritana quanto a multidão expressaram um desejo por água ou pão que dão vida. Por que suas respostas finais diferiram tanto?

Respondendo a Jesus

Ao examinar esses dois capítulos juntos, podemos ver as diferentes respostas às obras de Jesus. O primeiro milagre despertou uma animosidade assassina (João 5:18). Em vez de verem e se alegrarem com a cura inesperada do homem que sofria, os líderes só sentiram raiva de Cristo. Isso parece incompreensível, mas é o resultado final de amar mais as trevas do que a luz (João 3:16–21).

A resistência que começou entre o público em Jerusalém se espalhou para a multidão na Galileia (cap. 6). Em vez de o milagre da comida abundante levar a multidão a se render à graça abundante de Jesus, eles exigiram mais (João 6:26–31). Quão inconstante e perplexa é a natureza humana! As perguntas que a multidão fez a Jesus demonstram uma falta fundamental de entendimento. As pessoas se perguntavam o que poderiam fazer para realizar as obras de Deus. Jesus simplesmente respondeu que a obra de Deus é que acreditemos. A vida eterna não é algo que conquistamos por nossos esforços. A vida eterna é um presente que flui do único grande Presente: Jesus Cristo (João 6:27–29; 3:16).

A reação irracional da multidão da Galileia reflete a atitude dos israelitas durante o Êxodo. Deus fez grandes coisas por eles, mas logo reclamaram contra Ele (Êxodo 14:31; 15:24; 16:2–12; João 6:41). Assim como Moisés, Jesus foi enviado por Deus. Da mesma forma que os israelitas desconfiaram de Moisés, a multidão desconfiou de Jesus. Aqueles que não acreditaram em Moisés pereceram no deserto, e aqueles que acreditaram receberam a terra prometida. Da mesma forma, aqueles que acreditam em Jesus receberão a vida eterna.

O Evangelho de João usa frequentemente o termo “os judeus” (71 vezes), geralmente de forma negativa (João 5:16, 18; 7:1, 11, 13; 18:36–38). No entanto, no Evangelho como um todo, “os judeus” não são inteiramente adversários. Um número significativo de judeus acreditou e defendeu Cristo (João 8:30, 31; 12:11; 10:19–21). De acordo com Jesus, a salvação vem dos judeus, e eles têm a visão mais clara da adoração correta (4:22). Jesus é judeu (4:9). Especificamente, Ele é chamado de “Rei dos Judeus” João (18:33, 39; 19:3, 19–21).

Como devemos entender as diferentes descrições dos judeus? É possível que João estivesse se referindo aos judeus que viviam na Judeia, especialmente aqueles ao redor de Jerusalém (João 1:19)? Outra ideia é que João estivesse se referindo às autoridades judaicas que dominavam a sociedade na época. Esses conceitos são úteis, mas não explicam adequadamente todas as setenta e uma vezes em que o termo é usado. Uma interpretação melhor é ver "os judeus" em João como uma representação de outro personagem na narrativa de João. Como outros, suas ações eram ambíguas e às vezes contraditórias. Às vezes, não temos certeza se eles realmente acreditavam.

O Ministério do Salvador

"Jesus não pede a esse sofredor que tenha fé n'Ele. Ele simplesmente diz: 'Levanta-te, toma o teu leito e anda.' Mas a fé do homem agarra-se a essa palavra... Pulando para seus pés, ele se encontra um homem ativo... Jesus não lhe deu nenhuma garantia de ajuda divina... Através da mesma fé, podemos receber cura espiritual.

“Há muitos que reconhecem sua impotência e que anseiam por essa vida espiritual que os trará em harmonia com Deus; estão lutando em vão para obtê-la... Que esses desesperados e lutadores olhem para cima. O Salvador está se inclinando sobre a aquisição do Seu sangue, dizendo com ternura e compaixão indescritíveis: 'Queres ser curado?'... Creia na Sua palavra, e ela será cumprida. Coloque sua vontade ao lado de Cristo. Decida servir a Ele, e ao agir sobre Sua palavra você receberá força" (Ellen G. White, ‘’O Desejado de Todas as Nações’’, p. 152).

“Multidões... podiam entender Suas palavras, e seus corações se aqueciam e eram consolados. Ele falava de Deus, não como um juiz vingativo, mas como um pai carinhoso, e Ele revelava a imagem de Deus como refletida n'Ele mesmo... Tanto por Suas palavras quanto por Suas obras de misericórdia, Ele estava rompendo o poder opressor das velhas tradições e mandamentos feitos pelos homens, e apresentando o amor de Deus em sua plenitude inesgotável".

“Do alto da colina, Ele olhou para a multidão em movimento, e Seu coração foi tocado de compaixão. Mesmo sendo interrompido e privado de Seu descanso, Ele não ficou impaciente... Deixando Seu refúgio, Ele encontrou um lugar conveniente onde podia ministrar a eles. Eles não recebiam ajuda dos sacerdotes e líderes; mas as águas curativas da vida fluíam de Cristo enquanto Ele ensinava à multidão o caminho da salvação”.

“Nosso Senhor disse: ‘Se não comerdes a carne do Filho do homem, e não beberdes o Seu sangue, não tendes vida em vós... Pois a minha carne é verdadeira comida, e o meu sangue é verdadeira bebida.’ João 6:53–55. Isso é verdade também para a nossa natureza física. À morte de Cristo, devemos até mesmo esta vida terrena... Nenhum ser, santo ou pecador, come seu alimento diário sem ser nutrido pelo corpo e pelo sangue de Cristo. A cruz do Calvário está estampada em cada pedaço de pão. Ela se reflete em cada fonte de água”.

“Depois que Satanás falhou em vencer Cristo no deserto, ele combinou suas forças para se opor a Ele em Seu ministério... O que ele não pôde realizar por esforço direto e pessoal, ele decidiu alcançar por meio de estratégia... Ele planejou trabalhar através de seus agentes humanos no mundo religioso, incutindo-lhes sua própria inimizade contra o campeão da verdade. Ele os levaria a rejeitar Cristo e a tornar Sua vida o mais amarga possível, esperando desanimá-Lo em Sua missão. E os líderes de Israel tornaram-se instrumentos de Satanás na guerra contra o Salvador”