Poder da Oração no Uzbequistão

Por Andrew Mcchesney

Uma ambulância levou Nigora, de 36 anos, às pressas para o hospital em Tashkent, Uzbequistão. Ela mal conseguia falar. Seus braços estavam dormentes. Ela estava com dificuldade para engolir. O médico não conseguiu diagnosticar sua condição.

Nigora piorou no mês seguinte no hospital. Ela não conseguia dormir por mais de 15 minutos por dia. Raios X mostraram atividade em seu cérebro.

Então um segundo médico disse que Nigora tinha uma doença terminal. Ele não via esperança.

Nigora não acreditava em Jesus, mas tinha vizinhos Adventistas do Sétimo Dia que acreditavam. Eles a visitaram na UTI e pediram permissão para convidar o pastor da igreja para vir e orar com ela. "Não, não", disse Nigora.

“Não estou bem. Minha aparência está péssima. Diga a ele para vir quando eu me sentir melhor.”

Mas os vizinhos insistiram. “Deixe-o vir e orar por você”, eles disseram.

Relutantemente, Nigora concordou. Um dia depois, o pastor e sua esposa foram até a cama de Nigora. O pastor leu o Salmo 23, ungiu a testa de Nigora com óleo e orou: “Senhor, dá saúde à nossa irmã. Dá-lhe cura para que ela possa se recuperar completamente.” Nigora não se sentiu diferente depois da oração.

No dia seguinte, o pastor e sua esposa retornaram. Novamente ele leu a Bíblia, ungiu-a e orou. Novamente Nigora não se sentiu diferente. Mas naquela noite, ela conseguiu dormir por várias horas, não por 15 minutos.

No terceiro dia, o pastor e sua esposa retornaram. Novamente ele leu a Bíblia, ungiu-a e orou. Novamente ela não se sentiu diferente. Mas naquela noite, ela dormiu a noite toda. Depois disso, ela dormiu bem todas as noites.

O pastor e sua esposa continuaram a visitá-la. Lentamente, a fala de Nigora melhorou. Seus braços e pernas começaram a funcionar. Raios-X do hospital mostraram que sua atividade cerebral havia retornado ao normal.

O médico ficou surpreso. “É impossível que você tenha se recuperado tão rápido”, disse ele. Quatro meses depois que o pastor começou a orar, Nigora estava dirigindo seu carro e de volta ao trabalho.

A mulher que não acreditava em Deus deu a Ele o crédito por sua recuperação. “Este é um milagre de Deus”, disse ela. Ela está feliz por ter vizinhos que cuidaram dela.

“Sou muito grata a Deus por Ele ter me dado esse tipo de amigos, que são como família”, ela disse, falando devagar, mas claramente, em uma entrevista com a Missão Adventista. Embora Nigora acredite em Deus, ela não entregou seu coração a Ele.

Um fator desencorajador pode ser que muitas pessoas no Uzbequistão veem os Adventistas do Sétimo Dia como membros de uma seita.

Por favor, ore por Nigora e outros como ela que testemunharam o poder de Deus em suas vidas, mas ainda não tomaram uma decisão por Ele. Nigora é um pseudônimo.

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Jornada de Volta A Galileia

O capítulo 4 conclui a introdução do ministério de Jesus com um relato da viagem de Jesus de volta à Galileia. A conversa longa e significativa de Jesus com uma mulher samaritana domina a história.

João não organizou sua narrativa de forma aleatória. O primeiro milagre que Jesus realizou foi em Caná da Galileia, onde transformou água em vinho (João 2:1–12). O segundo evento que João destacou como outro milagre também aconteceu em Caná, quando Jesus curou o filho de um nobre (João 4:46–54).

Essa estrutura nos ajuda a entender como João organizou seu Evangelho. Entre esses milagres, ele colocou duas longas conversas pessoais—uma com Nicodemos (João 3:1–21) e a outra com a mulher samaritana (João 4:4–42). As duas conversas eram bem diferentes.

Alguns dos contrastes notáveis incluem: o cenário (Jerusalém versus Sicar), noite versus meio-dia, Nicodemos iniciando a conversa versus Jesus iniciando-a, um mestre de Israel versus uma mulher não identificada (com quem os judeus não falariam), o poderoso versus o fraco, e um que reconheceu Jesus como mestre versus um que exigiu respostas. Nicodemos saiu da cena questionando e ambivalente, enquanto a mulher saiu proclamando o evangelho.

Os leitores de João não esperariam que essa mulher fosse receptiva ao ensino de Jesus. No entanto, sua interação e confronto com Jesus a levaram a um entendimento mais profundo que Nicodemos não alcançou até a crucificação.

Esse encontro não foi acidental. João revelou que “Jesus precisava passar por Samaria” (João 4:4). Essa frase pode sugerir duas coisas: Primeiro, era o caminho mais curto, levando três dias em vez de cinco a sete. Os peregrinos a Jerusalém costumavam ir por esse caminho em vez de cruzar o Jordão. Segundo, Jesus tinha um encontro divino que talvez não soubesse, mas que Seu Pai sabia. Provavelmente, João pretendia incluir ambos os significados.

Junto ao Poço

Jesus chegou a Sicar por volta do meio-dia. Ele estava sedento, faminto e cansado (João 4:6). O pedido simples de Jesus para que a mulher lhe desse água quebrou todos os protocolos sociais. Sua resposta surpresa e curta destaca a transgressão social de Jesus. Como João disse, os judeus “não tinham relações com samaritanos”. Embora a interação social necessária, como comprar comida, fosse permitida, compartilhar utensílios ultrapassava os limites.

No entanto, Jesus não se preocupava com isso; ele não via uma situação inadequada, mas sim uma oportunidade de trazer vida. Ele inverteu abruptamente os papéis, oferecendo à mulher “água viva” (versículo 10) - um trocadilho que pode ser entendido como água corrente (por exemplo, de uma fonte), ou água que dá vida. Em vez de dar, ela de repente teve a oportunidade de receber.

A mulher não entendeu o trocadilho e pensou apenas em água literal, duvidando da capacidade de Jesus de fornecê-la e questionando sua identidade (versículos 11, 12). Ela não via como Jesus poderia ser maior que Jacó, mas mesmo sem entender completamente, já estava pensando em algo mais adiante do que Nicodemos.

A resposta de Jesus ignorou completamente sua pergunta e expandiu sua oferta (versículos 13, 14). Ele ofereceu a única coisa que satisfaz a sede da alma. Quem bebe dessa água se sente pleno e sabe onde voltar para mais. Ela imediatamente pediu a água viva, apesar de sua falta de compreensão total (versículo 15). Ela ansiava por algo melhor do que a água do poço de Jacó.

Antes de oferecer a água viva, Jesus pediu que ela chamasse seu marido (versículo 16). O pedido a surpreendeu (versículo 17). As palavras de Jesus, contudo, não continham condenação ou julgamento. O objectivo era ajudar a samaritana a compreender que ela estava falando com uma Pessoa extraordinária, levando-a a concluir que se tratava de um profeta. Percebendo isso, decidiu trazer suas dúvidas teológicas: perguntou onde as pessoas realmente deveriam adorar a Deus – uma questão controversa da época que se originou na tensa história entre seu povo e os judeus (versículo 19, 20).

Jesus apontou para a hora escatológica em que não importará o local em que as pessoas adoram (versículo 21-24). Naquele dia, todas as categorias religiosas se tornarão obsoletas. Jesus enfatizou isso afirmando que a hora já havia chegado. João queria que seus leitores compreendessem a mesma lição – que o Reino de Deus não se restringe a uma data futura. Ele irrompe no mundo aqui e agora.

Uma Grande Colheita

As palavras de Jesus impressionaram profundamente a samaritana; sua sede e convicção aumentaram. Ainda sem entender completamente o que Jesus disse sobre a hora já ter chegado, ela mencionou a vinda do Messias, olhando ainda para o futuro (João 4:25, 26). Os samaritanos entendiam, a partir de Deuteronômio 18:15–18, que uma figura semelhante a um profeta, o Messias, viria para restaurar a verdadeira adoração a Deus. A mulher esperava por esse tempo, sabendo que o Messias esclareceria as questões religiosas.

Mais uma vez, Jesus trouxe o futuro para o presente. O grego não contém a palavra “Ele” as traduções em inglês a adicionam então o versículo 26 pode ser traduzido como “Eu que falo com você, sou”. Jesus estava fazendo uma conexão direta com o nome divino usado no Antigo Testamento (Êxodo 3:14). Ele se identificou como o Deus que é revelado ou conhecido (veja também João 6:20; 8:28, 58). De todas as declarações em que Jesus reconheceu ser o Messias, esta é uma das mais claras e diretas.

Apesar de sua obscuridade (não sabemos nem seu nome), a mulher samaritana estava pronta para receber essa verdade. Enquanto Nicodemos saiu da conversa com Jesus perplexo, ela saiu apressada para compartilhar o que havia encontrado e trazer outros para ver Jesus (João 4:27–30). Em uma única conversa com Jesus, a samaritana passou de protesto e dúvida para a semente da crença e uma confissão sincera e testemunho. Ela representa a compreensão de João sobre um discípulo e testemunha. O poço de água dentro dela (versículo 14) já jorrava de alegria transbordante (versículo 28-30).

Antes que a conversa terminasse, os discípulos de Jesus retornaram da cidade com os alimentos (versículo 8) e insistiram que Jesus comesse alguma coisa (Versículos 27, 31). Quando Jesus recusou a comida, a mesma falta de entendimento que afetou outros mais uma vez obscureceu a compreensão deles. Eles também interpretaram erroneamente as palavras de Jesus, pensando em coisas terrenas, enquanto Jesus falava de realidades espirituais (Versículo 31-35).

Antes que alguém possa tomar uma decisão por Jesus, as sementes da verdade devem ser plantadas e cultivadas no coração. Em alguns casos, todo esse processo pode acontecer rapidamente, como se viu na conversa com a mulher samaritana. Tanto semear quanto colher exigem um esforço significativo, mas a colheita é especialmente cheia de alegria (Salmos 126:5, 6). Cristo já podia ver a colheita das sementes que havia plantado.

Momento de Reflexão

► De que forma você pode convidar outras pessoas a “vir e ver” (João 4:29)?

► Descreva sua experiência, ou a falta dela, de se tornar uma fonte de água viva (João 4:14).

► De que forma a sua compreensão do testemunho deve mudar com base na história da mulher samaritana e no seu impacto?

► Os discípulos estavam em melhor posição do que o samaritano para compreender os ensinamentos de Jesus. Por que eles foram mais lentos para compreender?

► Leia a passagem novamente, desta vez colocando-se dentro dela. Imagine que você está sentado um pouco de lado, observando. O que você pensaria sobre a interação de Jesus com a mulher?

► Como você entende o conceito de Jesus ser o Salvador do mundo? De que forma Ele é o Salvador de todos os homens (Romanos 5:18; 2 Coríntios 5:19; 1 Timóteo 4:10; 1 João 2:1, 2)?

Venha e Veja

A mulher samaritana deixou seu cântaro de água para trás, apressada para compartilhar sua descoberta com os outros na aldeia (João 4:28). A água que dá vida havia transbordado; ela não podia guardá-la para si. Ela se tornou um poço inesgotável. Correndo para a cidade, encontrou pessoas que conheciam sua história. Seu testemunho era simples, mas seu convite alcançou toda a aldeia, resultando em muitas pessoas vindo ver Jesus por si mesmas. O testemunho foi simples, mas o convite resultou em grande número de pessoas que veio ver com os próprios olhos.

Assim como André e Pedro quando foram chamados pela primeira vez, os samaritanos queriam ficar com Jesus (João 1:38, 39; 4:30, 40). Durante sua estadia de dois dias, muitos mais creram (João 4:41). Eles não dependiam mais do testemunho da mulher, mas já haviam experimentado Cristo por si mesmas.

Hoje, através das experiências de outros, somos convidados a vir e ver. Por sua vez, nos tornamos testemunhas também. Podemos começar aceitando o testemunho de alguém, mas eventualmente precisamos ter nossas próprias razões defensáveis para crer (João 4:42). A história dessa mulher nos lembra que nossa experiência com Cristo não precisa ser baseada em ver algum milagre maravilhoso. Ela não viu Jesus curar, ressuscitar os mortos ou realizar outro sinal.

João usou o verbo "crer", pisteuō, noventa e oito vezes em seu Evangelho, enquanto nunca usou a palavra "fé", pistis. Em trinta e seis ocasiões, seu Evangelho inclui "crer" no sentido de crer em Cristo. João via a fé como um tipo ativo de crença uma atividade que nos tira de nós mesmos e nos torna um com Cristo. João 15 descreve isso como permanecer em Cristo. O objetivo de João era ajudar seus leitores a chegarem a esse lugar de crença ou permanência em Cristo.

A crença dos samaritanos os levou a testemunhar que Jesus é "o Salvador do mundo" (João 4:42) – alguém capaz de libertar ou proteger de perigos graves. A palavra "Mundo" também usada nos dois versículos, enfatiza a vasta extensão do ministério de Jesus. Sua missão é global, não está restrita a judeus ou samaritanos. No encontro junto ao poço, Jesus quebrou a barreira imaginária que existia entre escolhidos e rejeitados. Não existem pessoas que estejam “dentro” e “fora” do alcance de Deus.

Um Salvador Pessoal

"A rivalidade entre judeus e samaritanos impediu que a mulher oferecesse um gesto de bondade a Jesus; mas o Salvador buscava a chave para este coração, e com a tática nascida do amor divino, Ele pediu, e não ofereceu, um favor. O oferecimento de uma bondade poderia ter sido rejeitado; mas a confiança desperta confiança. O Rei dos céus veio a esta alma marginalizada, pedindo um serviço de suas mãos. Aquele que fez o oceano, que controla as águas do grande abismo... descansou de sua fadiga no poço de Jacó e dependia da bondade de uma estranha até para o presente de um copo d'água." (Ellen G. White, *O Desejo de Todas as Nações* p. 137, 138).

"Nosso Redentor anseia por reconhecimento... Ele deseja com um desejo inexpressável que venham a Ele e tenham vida. Assim como a mãe espera pelo sorriso de reconhecimento de seu filho pequeno, que revela o despertar da inteligência, Cristo espera pela expressão de amor grato, que mostra que a vida espiritual começou na alma. A mulher ficou cheia de alegria ao ouvir as palavras de Cristo. A maravilhosa revelação foi quase opressora."

"Olhem, ó olhem para Jesus e vivam! Não tem como não se encantar com as atrações incomparáveis do Filho de Deus. Cristo foi Deus manifestado na carne, o mistério escondido por eras, e na nossa aceitação ou rejeição do Salvador do mundo estão envolvidos interesses eternos." (Ellen G. White, *Fundamentos da Educação Cristã*, p. 179).

"Falar de religião de forma casual, orar sem fome da alma e fé viva, não serve para nada. Uma fé nominal em Cristo, que O aceita apenas como o Salvador do mundo, nunca poderá trazer cura à alma. A fé que leva à salvação não é um mero assentimento intelectual à verdade. Aquele que espera ter todo o conhecimento antes de exercer a fé não pode receber bênçãos de Deus.

"Não é suficiente acreditar sobre Cristo; precisamos crer Nele. A única fé que nos beneficiará é aquela que O abraça como um Salvador pessoal... Muitos veem a fé como uma opinião. Mas a fé salvadora é uma transação, pela qual aqueles que recebem Cristo se unem em relação de aliança com Deus... Uma fé viva significa um aumento de vigor, uma confiança, pela qual a alma se torna um poder conquistador." (Ellen G. White, *Obreiros do Evangelho*, p. 203).

"O Salvador do mundo oferece aos errantes o dom da vida eterna. Ele observa por uma resposta a Suas ofertas de amor... com uma compaixão mais tensa do que a que move o coração de um pai terreno a perdoar um filho rebelde, arrependido e sofrendo. Ele clama pelo que se afastou: 'Volte para Mim, e Eu voltarei para vocês.' Se o pecador ainda se recusar a ouvir a voz da misericórdia que O chama com amor terno e compassivo, sua alma permanecerá em trevas." (Ellen G. White, *Testemunhos para a Igreja*, vol. 4, p. 182.